sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Anemia

Este assunto certamente merecerá vários dias de comentários aqui no blog...certamente a patologia mais comum em nossa área, podemos dizer que anemia é a queda no volume das hemácias, os chamados glóbulos vermelhos. Dentro das hemácias encontramos a hemoglobina, o exame do hemograma mais utilizado para definir uma anemia. Temos, entretanto, várias causas de anemia, as mais diversas possíveis, que alteram não só as hemácias ou a hemoglobina, como tambem as relações entre estes dois exames principais. Inicialmente, vamos falar que anemia não é uma doença exclusiva da população pobre, o que representa dizer que nem toda anemia é por alimentação inadequada. As anemias mais comuns são as chamadas carenciais, ou seja, pela carência de um determinado nutriente que seja vital para a produção da hemácia; dentre elas, a falta de ferro (anemia ferropriva) é a mais conhecida, e talvez por isto o tratamento inicial de qualquer anemia, até mesmo antes de uma investigação mais rigorosa, inicia-se pela administração de ferro via oral. Além do ferro, a carência de ácido fólico, vitamina B12 e alguns oligoelementos, como o zinco, tambem podem levar a um quadro de anemia. Quando falamos em carência, isto não está relacionado apenas à falta de ingesta. Em crianças, principalmente na faixa de 1 a 4 anos de idade, é comum a rejeição por alguns tipos de alimentos ricos em ferro, como carnes vermelhas ou vegetais escuros, por isto esta é uma patologia tão frequente. Porém, podemos ter uma anemia carencial mesmo em pacientes que se alimentam corretamente, pela perda destes nutrientes: são exemplos a criança que se alimenta com leite de vaca "in natura", o adulto com perda de sangue intestinal (úlcera gástrica, divertículo) e a mulher jovem com fluxo menstrual abundante. Continuaremos na próxima postagem, até lá.

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