quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Comentários, questões e consultas

Bom dia...abro espaço hoje para responder algumas questões que chegam a mim através dos comentários ou pelo e-mail lcpinheiro168@hotmail.com . Lembro que nossas conversas não caracterizam nem substituem uma verdadeira consulta médica, conforme o Código de Ética do CRM, e para aqueles interessados em uma avaliação completa e detalhada, estou à disposição em meu consultório particular em Ribeirão Preto-SP, fone 16-3289-0900. Aos interessados de fora da cidade, temos horários especiais de atendimento e informações sobre estadia na belíssima cidade do interior paulista.
Em comentários, Marcia me pergunta sobre o termo: Leucopenia associada a linfocitose relativa. Leucopenia significa que o valor dos leucócitos (glóbulos brancos) está diminuído, enquanto linfocitose é o aumento dos linfócitos (um tipo de glóbulo branco), porém de forma relativa, ou seja, pode ser que o valor real dos linfócitos esteja normal, porém em porcentagem há mais linfócitos que outros tipos.Apenas como exemplo, resfriados comuns e algumas infecções (como a dengue) podem ter este resultado, mais informações apenas com o hemograma completo em mãos.
Tambem em comentários, Mary informa que seu filho passou anos tomando Ferro sem sucesso, e após uma grande piora teve o diagnóstico de esferocitose. Voltamos a avisar: o fundamental é o diagnóstico preciso, principalmente a anemia ferropriva (por falta de ferro), que tem exames à disposição facilmente mesmo pelo SUS.
Por e-mail, Ana Paula me pede informações sobre o livro "Interpretação do Hemograma na Pediatria", voltado para profissionais da área da saúde mas à disposição para qualquer interessado. Seu custo, com frete incluso, é de R$ 50,00. Por hoje é só, um abraço, Luís Cláudio.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Oncologia Infantil

Bom dia...oncologia é a área da medicina que diagnostica e trata as neoplasias, os chamados tumores malignos (ou câncer). Um tumor benigno, apesar de muitas vezes ser uma pré-neoplasia, não é denominado câncer. Por que então a hematologia se cruza com a oncologia? Uma neoplasia pode afetar qualquer órgão ou sistema do corpo humano, temos portanto a neoplasia pulmonar (que afeta a célula do pulmão), a neoplasia intestinal (que afeta a célula do intestino) e assim por diante com a pele, estômago, sistema nervoso, até chegarmos na neoplasia hematológica (que afeta a célula do sangue, geralmente o glóbulo branco). O que confunde muitas pessoas é que um câncer é associado à imagem de um nódulo ou caroço (interno ou externo), ou seja, é visualizado a olhos nu ou através de um RX, endoscopia ou tomografia. Nas neoplasias hematológicas acontece o mesmo, mas o "tumor" geralmente é circulante, como no caso das leucemias. O glóbulo branco doente atravessa toda rede venosa, arterial e linfática, em alguns casos criando "depósitos" que são as ínguas (gânglios estufados de células neoplásicas), hepatomegalias (fígado aumentado) ou esplenomegalia (baço aumentado). Os linfomas são patologias que geram estes depósitos, mas sem envolvimento do sangue. Vamos lembrar aqui que ínguas e hepato-esplenomegalias, na maioria das vezes, NÃO SÃO NEOPLASIAS, mas sempre devem ser investigadas. Na próxima falaremos mais, um abraço.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Baixa Resistência - Parte 2

Bom dia...Este post é uma continuação do dia 27/01/2010, e atende pedidos de alguns amigos que acompanham o blog solicitando mais informações sobre o tema. Relembrando a postagem anterior, o termo baixa resistência é amplo e não define uma patologia em particular. Semanticamente falando, o que é resistência: é a capacidade do organismo em enfrentar microorganismos que possam nos causar doenças. Na hematologia e na imunologia, este papel é desempenhado pelos anti-corpos circulantes no sangue (leucócitos, imunoglobinas), por isto dizemos que a baixa resistência comprovada por exames pode causar infecções no corpo todo, apesar de alguns anti-corpos serem direcionados para infecções localizadas (como a pele). Há, entretanto, o caso daqueles pacientes que mesmo tendo exames de sangue normais apresentam infecções repetidas por longo tempo, como a herpes labial (geralmente ligada ao stress) e a candidíase vaginal (relacionada à mudança de flora local por vários fatores, incluindo endócrinos, fazendo diminuir o número de anti-corpos da região). Nossa imunidade é uma rede complexa em que até substâncias neurotransmissoras, como a serotonina, são capazes de interferir na nossa capacidade de defesa; é ela que explica aquele ditado popular de que pessoas
felizes tem menos doenças (o que não é 100% verdade, mas semelhante àqueles remedinhos de gripe da vovó, acabam tendo um fundo científico de verdade). Por hoje é só, um abraço.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aplasia de Medula - Tratamento

Olá...o tratamento da aplasia de medula óssea (ou anemia aplástica grave) passa logicamente pela confirmação do diagnóstico. Devem ser excluídas outras causas de aplasia, como deficiência de nutrientes, infiltração neoplásica, hiperesplenismo ou doenças infecciosas (como calazar, AIDS e tuberculose miliar). Feito o diagnóstico, o tratamento de escolha é o transplante de medula óssea (TMO), desde que o paciente tenha menos de 50 anos de idade e possua doador HLA compatível. Neste grupo, a taxa de sucesso do transplante chega a 80-90%. O doador compatível pode ser encontrado na própria família (principalmente entre irmãos) ou no banco de medula nacional ou internacional. Estima-se a possibilidade de se encontrar um doador compatível, não-familiar, em nosso país, em torno de 1/300.000 doadores. Este número assustadoramente alto deve-se à miscigenação aqui presente. Em países europeus ou comunidades fechadas, esta taxa é muito menor. Caso não seja possível o TMO, opta-se pelo tratamento medicamentoso, onde a taxa de sucesso é um pouco menor, de 60-70%. As drogas usadas, isoladas ou combinadas, formam esquemas de até três medicações: ciclosporina A, prednisona e globulinas (antitimocítica ou antilinfocitária). Por hoje é só. Até a próxima.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aplasia de Medula Óssea

Bom dia...ao falarmos sobre as plaquetopenias, deixamos em aberto as duas possibilidades mais graves que a ela estão associadas. Em ambas a suspeita vem da presença de outra citopenia no hemograma (anemia, ou leucopenia, ou anemia + leucopenia). É claro que uma plaquetopenia secundária a infecções, medicações ou outras patologias tambem podem cursar com estas alterações, mas a presença delas nos obriga a investigar o caso de forma mais produnda e rápida. Estas duas possibilidades são as patologias mais agressivas na hematologia, que são a aplasia de medula óssea e a leucemia. Elas são, vulgarmente falando, uma o contrário da outra. Se na leucemia há a expansão de um clone dentro da medula que não permite a produção das células normais, na aplasia a produção é reduzida ou simplesmente eliminada! Por isto, ao contrário de muitos pacientes que ficam "aliviados" por não ter uma leucemia e sim "somente" uma aplasia, nós hematologistas ficamos até mais apreensivos. Logicamente este grau de apreensão vem do grau da aplasia, e se numa leucemia hoje temos o tratamento quimioterápico (com grande sucesso) e o transplante de medula óssea (TMO), na aplasia o tratamento imunosupressor não é assim tão eficaz, agindo quase como um paliativo para controlar a doença, e aqui o TMO passa a ser ainda mais importante. Entre estas duas patologias, há doenças intermediárias como a Síndrome Mielo-Displásica (já discutida anteriormente) e a Hemoglobinúria Paroxística Noturna. Na aplasia de medula (ou anemia plástica) os sintomas decorrem das três citopenias: anemia (pela queda de glóbulos vermelhos), infecções de repetição (pela queda de glóbulos brancos) e hemorragias (pela plaquetopenia), quadro semelhante aos dias pós-quimioterapia de um tratamento oncológico, já que as drogas induzem a uma aplasia momentânea. Entre as causas da aplasia destacam-se as drogas, substâncias químicas (como benzeno e inseticidas) e algumas infecções (principalmente virais). Há uma aplasia genética bem conhecida que é a Anemia de Fanconi, hoje tratada com sucesso com o TMO. No próximo encontro, falaremos mais sobre o assunto, um abraço.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre os comentários

A todos que desejarem maiores esclarecimentos sobre casos pessoais, podem me escrever no e-mail: lcpinheiro168@hotmail.com , preferencialmente com cópias digitalizadas dos exames. Estarei sempre à disposição, um abraço, Dr. Luís Cláudio.

sábado, 25 de junho de 2011

Pacientes Modelos

Boa tarde...na Oncologia, é comum usarmos casos de pacientes famosos quando estamos tentando deixar o nosso paciente mais animado e esperançoso quanto ao tratamento. Logicamente, todo artista ou esportista que venceu um câncer é um modelo para todos os outros; isto não quer dizer que ele tenha sofrido mais ou menos, que ele seja mais importante que qualquer outro paciente em todo mundo, mas os ídolos se tornam modelos (para o bem e para o mal) e acabam sendo seguidos em suas atitudes e formas de encarar uma adversidade. Na hematologia, especialmente, tenho alguns exemplos: para as crianças e os jovens, o grande Giba do vôlei, que enfrentou uma leucemia ainda na fase de lactente (e ele é nosso maior trunfo quando mostramos que até fisicamente o paciente pode se recuperar), para os adultos o ex-jogador de futebol Narciso, para os mais idosos o tenor José Carreras. Atualmente, observamos a recuperação da atriz Drica Moraes que passou por um transplante de medula óssea. Mas, de forma geral, confesso que admiro a pessoa do ex-vice-presidente José Alencar, que enfrentou um tumor de intestino metastático por vários anos, e mesmo com o profundo sofrimento que o acompanhou por todo tratamento, nunca deixou de se mostrar otimista e confiante (não na vitória contra o câncer nem na vida eterna), mas confiante que deveria continuar lutando até onde suas forças permitissem. Portanto, não me surpreendeu ver na revista Ser Médico, de março de 2011, uma frase que me emocionou como poucas sobre a nossa opção profissional, dita pelo ex-vice: "Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo". Um abraço.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Outras causas de Plaquetopenia

Olá...já falamos sobre a púrpura, a causa mais frequente de plaquetopenia, e hoje falaremos sobre as doenças que cursam com queda das plaquetas. Em primeiro lugar, vamos lembrar que , em alguns casos, a plaquetopenia nada mais é que um sintoma de uma doença não-hematológica. Patologias infecciosas (como dengue, meningite e a AIDS) e doenças do colágeno, os "reumatismos" (como o lúpus) podem ter uma grande plaquetopenia em sua evolução, mas logicamente o tratamento deve ser conduzido pela doença de base. Na hematologia, uma plaquetopenia deve responder duas perguntas: 1) há outra citopenia (como anemia ou leucopenia)? Se os glóbulos brancos e vermelhos estiverem normais, possivelmente trata-se apenas de uma púrpura; se houver pan-citopenia (queda dos 3 elementos básicos do sangue), a investigação deverá ser aprofundada. 2) no caso de plaquetopenia + 1 ou 2 citopenias, estaremos entre uma doença com produção baixa (aplasia de medula), consumo ou destruição mesmo com produção normal (esplenomegalia por diversas causas) ou expansiva medular (como a leucemia, por exemplo). Nos posts seguintes falaremos mais de cada um destes tipos. Convem lembrar ainda que temos patologias de plaquetas que não diminuem seu número no organismo, mas afetam sua função, como a Síndrome de Bernard-Soulier. Um abraço.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

hematologia no dia a dia: Anemias Não-carenciais

hematologia no dia a dia: Anemias Não-carenciais

Respondendo ao comentário do dia de ontem:
A Hb C é detectada pela eletroforese, e é necessário ver o resultado correto: se é apenas um traço (1 gene) ou a doença (2 genes).
A doença (hemoglobinopatia C) é semelhante à anemia falciforme e pode sim provocar aumento do baço.
Com relação à mulher grávida, são muitos detalhes, solicito mais informações. Um abraço.

domingo, 24 de abril de 2011

Púrpura Trombocitopênica Auto-Imune

Uma das causas mais comuns de plaquetopenia é a PTI (sigla que representava Púrpura Trombocitopênica Idiopática, hoje denominada auto-imune). Era idiopática pois a queda da plaqueta era real, não apenas um artefato por consumo dentro do tubo, porém sem causa determinada. Hoje chama-se auto-imune pois sabe-se que a plaquetopenia é causada pela destruição das plaquetas produzidas, e não por uma diminuição na produção. Esta diferença é fundamental e a certeza do diagnóstico só é obtida com a punção da medula óssea (o mielograma), que diferenciará patologias que afetam a produção da medula (geralmente doenças mais graves, como as leucemias ou a aplasia) daquelas em que a produção está normal (o mielograma portanto mostrará como resultado série megacariocítica normal). O termo auto-imune nos remete a uma patologia semelhante ao reumatismo; veja que na artrite reumatóide o organismo produz anti-corpos contra ele próprio, fazendo, por exemplo, que estes anti-corpos destruam as articulações das mãos e dos dedos, causando aquelas deformidades conhecidas da doença. Já na PTI, o anti-corpo destrói a plaqueta produzida normalmente, fazendo com que seus níveis diminuam no hemograma. As plaquetas restantes, porém, funcionam normalmente e às vezes aparecem até como mega-plaquetas, fazendo sua função de hemostasia mesmo em níveis baixíssimos abaixo de 20.000. Na maioria dos casos, a púrpura resolve-se espontaneamente, sem tratamento. Em 10 a 15% dos casos, entretanto, a PTI se cronifica e pode permanecer por toda a vida. Logicamente, níveis mantidos acima de 30.000 plaquetas são seguros, não exigindo medicações a não ser em situações pré-cirúrgicas, inclusive procedimentos dentários. Já a plaquetopenia com níveis mínimos extremos, entre 1.000 a 10.000 plaquetas, exigem uma intervenção. Não chega a ser um tratamento pois não é curativo, porém o uso de cortisonas diminuem a ação dos anti-corpos, aumentando a dosagem das plaquetas, porém os valores tendem a retornar a níveis baixos assim que a medicação é suspensa. Em casos de plaquetopenia leve, com o paciente assintomático, pode-se até deixar de colher o mielograma num primeiro instante, porém se o uso da cortisona é indicado, o mielograma torna-se obrigatório. Isto acontece para haver a diferenciação entre uma PTI e uma leucemia; se o mielograma for colhido após uma dose de cortisona ele já não é confiável, pois a cortisona é uma das drogas que compõe a indução (início do tratamento quimioterápico) de uma leucemia. Até a próxima.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tarde Vip - SBT - Dr. Luís fala sobre Anemias

Olá...Gravamos hoje à tarde um bate-papo bem interessante sobre as principais características das anemias e como reconhecê-las. Foi para o programa Tarde Vip, da afiliada regional do SBT, que é comandado já há alguns anos com grande sucesso pela jornalista Patricia Penteado. Pudemos conversar sobre o assunto com ênfase nos tipos de anemias, as mais frequentes e como preveni-las. O programa será exibido na terça-feira, dia 05 de abril, a partir das 13h30. Um abraço a todos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Plaquetopenia

Boa noite a todos...continuando nossa viagem sobre alterações nas três séries do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) hoje começaremos a falar sobre as plaquetas. Elas fazem parte de um assunto ainda maior que discutiremos em breve, a coagulação. Como as outras células já estudadas, poderemos ter queda das plaquetas (plaquetopenia ou trombocitopenia) ou aumento (plaquetose ou trombocitose). A plaquetopenia envolve uma gama muito extensa de patologias que podem cursar com esta alteração, desde doenças leves a graves, agudas ou crônicas, muitas vezes transitória e com resolução espontânea. As plaquetas estão presentes em nosso organismo numa taxa que varia entre 150.000 a 450.000/mm3. Estes valores podem variar um pouco, conforme o aparelho utilizado, sendo que alguns laboratórios consideram como normal uma faixa mais ampla, que varia de 140.000 a 500.000. Logicamente, isto já demonstra porque um hemograma que aponte taxas entre 120.000 a 140.000, apesar de tecnicamente classificadas como plaquetopenias, não gerarem demasiado alarme entre os médicos. Outra explicação para a desconfiança ante uma plaquetopenia leve, é a grande influência conhecida de várias medicações de uso comum na população (anti-inflamatórios, anti-convulsivantes) na queda das plaquetas e, em alguns centros, o efeito falso-positivo gerado pelo anti-coagulante EDTA, que se mantido em contato com o sangue colhido por várias horas dentro do tubo, pode provocar o aparecimento de grumos plaquetários (as plaquetas se ligam umas às outras, criando blocos, que são lidos pelos contadores automáticos cada um como uma única plaqueta, produzindo um valor muito abaixo do normal, a falsa plaquetopenia). Isto acontece quando o sangue é colhido num local e o exame deve ser levado a um laboratório distante, permitindo que nestas horas o resultado já não seja tão preciso. Nos posts seguintes falaremos mais sobre patologias que cursam com plaquetopenia. Um abraço.
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sábado, 5 de março de 2011

Livro - Interpretação do Hemograma na Pediatria


Olá...a postagem de hoje é para falar do lançamento nacional de meu livro "Interpretação do Hemograma na Pediatria", já lançado aqui em Ribeirão Preto e em algumas cidades da região. O livro aborda patologias hematológicas e não-hematológicas, sendo portanto indicado não só para especialistas, como tambem para médicos generalistas, pediatras, clínicos gerais e acadêmicos. A publicação contou com o auxílio da Editora Capta, e tem colaborações especiais do Dr. Simon, docente de Pediatria da USP-Ribeirão Preto, e do Dr. Luiz Sérgio, infectologista do HC-Ribeirão Preto, além da revisão geral do meu colega de Hemocentro, o hematologista Dr. Ivan Angulo. A todos aqueles interessados na aquisição da obra, o custo para sua aquisição é de R$ 50,00, aí já incluída a despesa de frete. A compra pode ser solicitada pelo fone 16-3289-0900 ou então via e-mail (lcpinheiro168@hotmail.com). Por hoje é só, um abraço.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Classificação das SMD - Atual

Bom dia...vimos no post anterior sobre SMD (Sindromes Mielodisplásicas) que a primeira classificação foi elaborada em 1982 pelo FAB (Grupo Francês-Americano-Britânico); com o passar dos anos esta classificação mostrou-se incapaz de englobar todos os tipos de SMD, e assim, em 1999, foi lançada esta nova classificação pela OMS (Organização Mundial da Saúde), muito mais abrangente e complexa. Relembrando a SMD-1982: 1) AR (Anemia Refratária), 2) ARSA (Anemia Refratária com Sideroblastos em Anel), 3) AREB (Anemia Refratária com Excesso de Blastos), 4) AREB-t (Anemia Refratária com Excesso de Blastos em Transformação) e 5) LMMC (Leucemia Mielomonocítica Crônica). Na nova classificação SMD-1999, foram retirados os sub-tipos AREB-t (considerado leucemia aguda) e LMMC, que juntou-se a LMCJ (Leucemia Mielóide Crônica Juvenil) e a LMA pós-SMD numa nova categoria chamada Doença Mielodisplásica/Mieloproliferativa. Assim, temos a nova classificação das SMD, com elementos antigos e novas inclusões:
1) AR sem sideroblastos em anel, 2) ARSA, 3) AREB, 4) Citopenia Refratária Com Displasia de várias linhagens (o termo citopenia podendo referir-se a uma anemia isolada, leucopenia isolada ou plaquetopenia isolada, o que não era considerado na classificação anterior), 5) Síndrome 5q- (este símbolo representa uma alteração genética, que é a deleção de parte do braço longo do cromossomo 5, que gera uma entidade clínica com anemia macrocítica e plaquetose, geralmente com necessidade transfusional), 6) LMA e SMD secundária a terapia (devemos lembrar que a própria quimioterapia tem potencial oncogênico) e 7) SMD inclassificáveis. O assunto é complexo mas espero ter contribuído em suprimir algumas dúvidas. Continuo à disposição de todos no blog, um abraço.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mudança de Endereço - Consultório

Boa tarde a todos...logo voltarei com novas informações sobre a hematologia, mas neste momento comunico a mudança de endereço de meu consultório particular em Ribeirão Preto-SP.
Agora estou na Rua Guarujá, 304 - Jardim Paulista. Interessados em agendar um horário ou mesmo deixar um recado para conversarmos informalmente sobre o assunto, podem ligar no (16)-3289-0900. Aos amigos que deixaram comentários no blog, solicito à Katia Agelune e à Vanderlucia que, caso tenham interesse, deixem seu e-mail neste espaço que poderemos trocar uma idéia sobre a situação particular de cada uma de vocês. Um abraço, Luís Cláudio.