hematologia no dia a dia
segunda-feira, 22 de junho de 2020
A Hematologia é uma das áreas que estudam a imunidade, a baixa resistência e as alterações do hemograma como leucopenia, leucocitose e neutropenia. Siga no Instagram @clinicahematodrluisclaudio
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domingo, 21 de outubro de 2012
Exposição à Radiação Ultravioleta
Olá....hoje nosso blog abre suas linhas para o meu amigo pessoal, Dr. Reynaldo José Sant'Anna Pereira de Souza, oncologista pediátrico do Hospital do Câncer de Franca e um dos responsáveis pelo Programa Sol Amigo, com orientações e informações sobre a exposição aos raios ultravioleta. Contatos com Dr. Reynaldo através do www.solamigo.org
Todas as pessoas,
independente de raça e etnia, estão expostas à radiação ultravioleta (UV) do Sol.
Pequenas quantidades de radiação UV são benéficas para a saúde. Entretanto, a
exposição excessiva pode ser extremamente perigosa e está associada ao aumento
do risco de desenvolvimento de várias doenças que podem ter consequências
graves à nossa saúde.
CÂNCER
DE PELE
A
radiação UV causa alterações genéticas nas células da pele, que com o tempo
levam ao desenvolvimento docâncer de pele. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que mais de 2 milhões de casos de carcinomasespinocelulares (CEC) e
carcinomasbasocelulares (CBC) e 200 mil casos de melanoma ocorram no mundo a
cada ano. Destes, cerca de 50% a 90% dos casos de melanoma e CBC e, 50% a 70%
dos casos de CEC de pele e dos olhos seriam causados pela radiação UV.
QUEIMADURA
SOLAR
O
resultado mais óbvio da exposição excessiva à radiação UV é a queimadura solar
que pode ser severa e formar bolha. A ocorrência de 5 ou mais queimaduras
solares durante a infância duplicam o risco de desenvolvimento do câncer de
pele na vida adulta.
ENVELHECIMENTO
PRECOCE
A
exposição excessiva ao Sol causa modificações na textura da pele, que perde sua
elasticidade e enruga, adquirindo uma aparência dura e inflexível, semelhante
ao couro. A isto chamamos de fotoenvelhecimento. Cerca de 90% das
modificações visíveis da pele, comumente atribuídas ao envelhecimento são
causadas pela exposição ao Sol. O Sol pode causar ainda a descoloração da pele, o
aparecimento de sinais (manchas marrons) e, a queratose actínica (solar),
lesões escamosas, com crostas, que não cicatrizam e podem se transformar em câncer
de pele.
LESÕES
OCULARES
A
exposição excessiva à radiação UV pode causar queimadura e inflamação
dos tecidos superficiais dos olhos. A exposição crônica pode aumentar, também,
a incidência de catarata(opacificação gradativa das lentes dos olhos) que leva
à cegueira cerca de 20 milhões de pessoas a cada ano, no mundo, sendo 20% dos
casos relacionados ao Sol; pterígio(crescimento de um tecido opaco
sobre a superfície do olho) sendo 40% a 70% dos casos relacionados ao Sol; degeneraçãomacular,
leva à perda da capacidade de ver os detalhes dos
objetos, impedindo a pessoa de reconhecer rostos, dirigirem, lerem, etc.
SUPRESSÃO
IMUNOLÓGICA
A
exposição excessiva ao Sol suprime o nosso sistema de defesa deixando o corpo
mais vulnerável às infecções virais, bacterianas, parasitológicas e fúngicas.
Além disto, pode ocorrer uma resposta inadequada às vacinas recebidas.
Com
o objetivo de ensinar as crianças em idade escolar e seus familiares a se protegem
adequadamente da exposição excessiva ao Sol e consequentemente, dos efeitos nocivos
da radiação UV foi desenvolvido o Programa
Sol Amigo, um programa escolar de educação continuada em saúde.
Através
de uma abordagem de ensino interdisciplinar, a ser desenvolvido durante toda a
vida escolar do aluno, o Programa Sol
Amigo procura não só transmitir conhecimento sobre a radiação UV emitida
pelo Sol, mas também fazer com que os alunos desenvolvam habilidades e atitudes
de proteção contra o Sol, de forma sustentada. O Programa Sol Amigo procura ainda encorajar as escolas a proverem a
seus alunos um ambiente seguro, com relação ao Sol, e a desenvolverem práticas
que promovam a diminuição da exposição deles ao Sol, além de buscar junto à
comunidade parceiros que possam atuar como agentes multiplicadores da informação.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Leucemia Linfóide Aguda - Tratamento
Boa tarde...como já foi comentado, a LLA é a leucemia mais comum na infância. E tambem, infelizmente, a que tem o tratamento mais longo entre as neoplasias pediátricas. Em média, todo ciclo de quimioterapia (QT) atinge 2 anos e meio, porém este tempo não é exato. Desde o início, a quimioterapia pode produzir grandes anemias (que requerem transfusões de sangue repetitivas), leucopenias próximas de zero (que exigem aplicação de medicamentos estimulantes de neutrófilos, porém mesmo com eles é comum as infecções de repetição sem foco determinado, que atrasam o próximo ciclo) e plaquetopenias extremas que levam a hemorragias de alto risco ao paciente. Cada vez que um paciente em QT é internado ou toma medicações para estas complicações, o ciclo para e só é reiniciado quando ele estiver parcialmente recuperado. Os efeitos colaterais da QT são amplamente conhecidos, como vômitos incoercíveis e interferência no crescimento das células que se reproduzem constantemente (por isto a pan-citopenia no sangue e a queda de cabelos); algumas drogas ainda tem efeitos localizados, como a toxicidade cardíaca ou renal. Além da QT endovenosa, também é usada a QT intra-tecal (aplicada via medula espinhal, como uma anestesia em gestantes ou a coleta do exame de meningite). Isto acontece porque o corpo humano tem dois santuários (locais onde a QT venosa não chega): cérebro e testículos. A QT intra-tecal visa tratar (ou proteger) o cérebro, enquanto não há tratamento conhecido para a invasão leucêmica nas gônadas masculinas. Um abraço a todos, Dr. Luís Cláudio.
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pan-citopenia,
santuários na leucemia
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Transplante de Medula Óssea em Idosos
Segue abaixo reportagem do portal Estadão de 10/09/2012:
Novas técnicas abrem
possibilidade de transplante de medula óssea em idosos
Mudança do perfil
do transplantado se deve à descoberta de novas drogas e à evolução de técnicas
médicas de outras instâncias para fazer os assentamentos
10 de setembro de 2012 | 22h 30
A descoberta de novas drogas e
a evolução de técnicas médicas têm mudado o perfil dos pacientes que recebem
transplante de medula óssea de doador – aparentado ou não. Há 15 anos, por
conta dos riscos, pessoas com mais de 55 anos não eram submetidas ao
procedimento. Hoje, hospitais particulares e universitários já fazem o
transplante naqueles com mais de 70 anos. A mudança no perfil do transplantado
foi um dos temas do 16.º Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula
Óssea (SBTMO), no mês passado.
Dois estudos recentes dão
esperanças às pessoas com mais de 70 anos que precisam de transplante de medula
óssea de um doador, os chamados transplantes alogênicos. Um deles foi o
levantamento feito pelo Registro Internacional de Transplante de Medula Óssea
(CIBMTR, na sigla em inglês), com base em outras pesquisas, que encontrou
resultados similares em pacientes jovens e idosos para o chamado transplante
não mieloablativo – isso quer dizer que a medula óssea do paciente não precisou
ser bombardeada por altas doses de radioterapia ou químio.
“Os médicos chegaram à
conclusão de que nem sempre é necessário. Pode-se dar menor dose de químio ou
de rádio, só para permitir que a célula do doador seja enxertada no paciente.
Essa célula é capaz de fazer algumas reações imunológicas e lutar contra a
doença, como, por exemplo, a leucemia”, explica Nelson Hamershlack,
hemoterapeuta do Hospital Israelita Albert Einstein e sócio fundador da SBMTO.
Essa é uma das técnicas
utilizadas no Hospital Universitário da Unicamp. “Ela reduz de maneira
importante a toxicidade do procedimento. É uma técnica consolidada no mundo
inteiro e no Brasil e permitiu que pessoas mais combalidas fizessem o
transplante”, afirma o onco-hematologista Carmino Antonio de Souza, presidente
da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Outro estudo foi feito em
parceria pelo MD Anderson Cancer Center, no Texas, e o Einstein. Nesse caso,
foram analisados 79 pacientes, com idades entre 55 e 76 anos, que tiveram a
medula suprimida (transplante mieloablativo) com medicamentos mais modernos e
menos tóxicos. “Esse estudo mostrou que em pacientes sem doenças associadas,
como diabetes, hipertensão, cardiopatias, os resultados também foram semelhantes
aos dos mais jovens”, aponta Hamershlack. Dos pacientes, 71% tiveram remissão
completa.
Expansão. Para o médico, os
dois estudos “documentam” que o transplante alogênico é possível em pacientes
mais velhos, dependendo do tipo de doença e a condição física. “Nosso pleito ao
Ministério da Saúde é de expandir a idade dos pacientes. Há um envelhecimento
da população por causa da melhor qualidade de vida. Nessa idade mais avançada,
doenças como leucemia e síndrome mielodisplásica são mais prevalentes”, afirma
o médico. “A SBTMO já chegou a um consenso. Há possibilidade de expandir a
idade do paciente, em vez de privá-lo dessa solução terapêutica importante.”
Hoje, a portaria ministerial
estabelece que o Sistema Único de Saúde (SUS) reembolsa gastos com transplantes
autólogos (em que são usadas as células-tronco do próprio paciente) em pessoas
com até 75 anos; transplante de doador aparentado, com supressão da medula,
para aqueles com até 65, e até 60 anos para transplante com doador não
aparentado.
“Uma regra dessa acabaria com a
possibilidade de o meu pai nascer de novo”, resume o advogado Diego Nicolau
Rodriguez, de 29 anos, filho do cirurgião cardiovascular Antonio Rodriguez
Souza, de 74 anos, que recebeu a infusão de células-tronco da irmã, de 82, no mês
passado.
O médico, que sofria de
mielodisplasia – mal funcionamento da medula óssea, que leva à produção
inadequada das células sanguíneas –, passou pelo procedimento no Einstein, em
1.º de agosto. Durante mais de ano, Souza foi tratado com medicamentos e
transfusões de sangue, até que o estado de saúde se agravou e o transplante se
tornou a única alternativa.
“Foi traumático, mas foi um
sucesso. Mostra que uma pessoa mais velha pode tanto ser doadora como
receptora. Meu pai já não tinha chance nenhuma. Agora, poderá ver o casamento
da minha irmã, daqui a seis meses.”
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transplante de medula óssea
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Comentários
Bom dia...abro novamente um post para responder algumas dúvidas que surgem durante nossas conversas sobre Hematologia. Lembrando que questões mais específicas ou complexas podem ser enviadas diretamente a mim pelo e-mail lcpinheiro168@hotmail.com, e consultas completas agendadas em minha clínica em Ribeirão Preto-SP pelo (16)-3289-0900. Solicito tambem que as postagens dos comentários sejam identificadas ao menos com seu primeiro nome, já que principalmente nestes últimos dias houve várias questões que surgiram para mim apenas como Anônimo...
Dentre os comentários sem identificação, selecionei 5: em dois deles a preocupação com o termo linfocitose no hemograma; isto não significa necessariamente uma doença, pois crianças, por exemplo, tem uma linfocitose normal para a idade. Já em adultos, quadros virais (como o resfriado) são os maiores causadores de linfocitose, principalmente moderada. Grandes linfocitoses, ou persistentes, devem ser investigadas. Em outros dois, uma definição melhor da falsa plaquetopenia: é uma contagem baixa de plaquetas no hemograma, sem que isto corresponda à realidade, ou seja, um erro técnico, geralmente sem culpa do laboratório. Normalmente ocorre pelo contato prolongado do sangue colhido com o anticoagulante presente no tubo de coleta. Sou tambem questionado sobre a influência da plaquetopenia no dia-a-dia; como ela é fundamental para a coagulação do sangue, ela pode causar hematomas, pequenas hemorragias (como sangramento gengival após escovação) e deve-se ficar muito atento se o paciente terá de passar por procedimentos (como uma cirurgia, uma extração dentária), já que nestes casos é natural que a hemorragia seja mais volumosa. Outro comentário anônimo pergunta se há cura para a leucemia...em primeiro lugar vamos lembrar que há vários tipos de leucemia, então algumas tem altas chances de cura e outras não.
Silvana Oliveira pede-me um post sobre o assunto neutropenia; os detalhes sobre a neutropenia estão dentro do post Leucopenia, publicado em 24/01/2010.
Marcela solicita um exemplar do livro "Interpretação do Hemograma na Pediatria", cujo valor já com o frete incluso é de R$ 50,00. O pedido pode ser feito pelo e-mail acima, de qualquer lugar do país.
Um abraço e até a próxima.
Dentre os comentários sem identificação, selecionei 5: em dois deles a preocupação com o termo linfocitose no hemograma; isto não significa necessariamente uma doença, pois crianças, por exemplo, tem uma linfocitose normal para a idade. Já em adultos, quadros virais (como o resfriado) são os maiores causadores de linfocitose, principalmente moderada. Grandes linfocitoses, ou persistentes, devem ser investigadas. Em outros dois, uma definição melhor da falsa plaquetopenia: é uma contagem baixa de plaquetas no hemograma, sem que isto corresponda à realidade, ou seja, um erro técnico, geralmente sem culpa do laboratório. Normalmente ocorre pelo contato prolongado do sangue colhido com o anticoagulante presente no tubo de coleta. Sou tambem questionado sobre a influência da plaquetopenia no dia-a-dia; como ela é fundamental para a coagulação do sangue, ela pode causar hematomas, pequenas hemorragias (como sangramento gengival após escovação) e deve-se ficar muito atento se o paciente terá de passar por procedimentos (como uma cirurgia, uma extração dentária), já que nestes casos é natural que a hemorragia seja mais volumosa. Outro comentário anônimo pergunta se há cura para a leucemia...em primeiro lugar vamos lembrar que há vários tipos de leucemia, então algumas tem altas chances de cura e outras não.
Silvana Oliveira pede-me um post sobre o assunto neutropenia; os detalhes sobre a neutropenia estão dentro do post Leucopenia, publicado em 24/01/2010.
Marcela solicita um exemplar do livro "Interpretação do Hemograma na Pediatria", cujo valor já com o frete incluso é de R$ 50,00. O pedido pode ser feito pelo e-mail acima, de qualquer lugar do país.
Um abraço e até a próxima.
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