quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Leucemia Linfóide Aguda - Tratamento

Boa tarde...como já foi comentado, a LLA é a leucemia mais comum na infância. E tambem, infelizmente, a que tem o tratamento mais longo entre as neoplasias pediátricas. Em média, todo ciclo de quimioterapia (QT) atinge 2 anos e meio, porém este tempo não é exato. Desde o início, a quimioterapia pode produzir grandes anemias (que requerem transfusões de sangue repetitivas), leucopenias próximas de zero (que exigem aplicação de medicamentos estimulantes de neutrófilos, porém mesmo com eles é comum as infecções de repetição sem foco determinado, que atrasam o próximo ciclo) e plaquetopenias extremas que levam a hemorragias de alto risco ao paciente. Cada vez que um paciente em QT é internado ou toma medicações para estas complicações, o ciclo para e só é reiniciado quando ele estiver parcialmente recuperado. Os efeitos colaterais da QT são amplamente conhecidos, como vômitos incoercíveis e interferência no crescimento das células que se reproduzem constantemente (por isto a pan-citopenia no sangue e a queda de cabelos); algumas drogas ainda tem efeitos localizados, como a toxicidade cardíaca ou renal. Além da QT endovenosa, também é usada a QT intra-tecal (aplicada via medula espinhal, como uma anestesia em gestantes ou a coleta do exame de meningite). Isto acontece porque o corpo humano tem dois santuários (locais onde a QT venosa não chega): cérebro e testículos. A QT intra-tecal visa tratar (ou proteger) o cérebro, enquanto não há tratamento conhecido para a invasão leucêmica nas gônadas masculinas. Um abraço a  todos, Dr. Luís Cláudio.

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